Vida que segue meu Papão.
Palmeiras 1 x 0 PAYSANDU
O Paysandu está pegando um Ita no Norte e desembarca com toda corda no Campeonato Brasileiro. É tricampeão dentro de casa, é campeão do Norte e acaba de ser pra sempre consagrado na Copa dos Campeões. Pra mim, que também sou daquelas bandas, o Paysandu é bem mais que um bom time de futebol. Se o Flamengo é um estado d’alma, o Paysandu é a própria alma paraense. É pimenta de cheiro, é o Círio de Nazaré, é tacacá com tucupi, é Eneida de Morais, tia de Fafá, mãe de Otávio, campeão botafoguense. É palmito de bacaba, é Billy Blanco, é açaí, é Jayme Ovalle, inventor do Azulão, tom profundo do azul-celeste, campeão dos campeões. E sempre será também Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Jane Duboc, canto e contracanto ao violão de Sebastião Tapajós, fluente como o rio que lhe dá o sobrenome.
O Paysandu é feijão de Santarém, é farinha de mandioca, é jambu, é manga espada, é maniçoba que Raimundo Nogueira servia, declamando Manuel Bandeira:
“Belém do Pará, onde as avenidas se chamam Estradas. / Terra da castanha / Terra da borracha / Terra de biribá bacuri sapoti / Nortista gostosa / Eu te quero bem. / Nunca mais me esquecerei Das velas encarnadas, Verdes, Azuis, da Doca de Ver-o-Peso / Nunca mais / E foi pra me consolar mais tarde / Que inventei esta cantiga: Bembelelém, Viva Belém! Nortista Gostosa / Eu te quero bem.”
Paysandu, permita-me parafrasear Caymmi, cantando teu troféu de imensa glória: Agora, que vens para cá/ Um conselho que mãe sempre dá/ Meu filho, jogue direito que é pra Deus te ajudar.
(Crônica publicada em 07 de Agosto de 2002)
“Zé Augusto é um guerreiro, é o terçado voador, toda vez que faz um gol ele corre pra Terror. Entorta o zagueiro, o seu lema é dar olé. Zé Augusto é terrorista, ele é o Super Zé. Ah, é Zé Maluco!”. Esse refrão que embala a torcida do Paysandu, toda vez que o veterano Zé Augusto entra em campo, com toda certeza será entoado no jogo de hoje. Isso, se o técnico Charles Guerreiro repetir o que praticamente todos os treinadores que passam pelo Papão fazem: colocar o Zé para jogar, nem que seja nos minutos finais, pois ele, quase sempre, resolve a parada. No primeiro embate da decisão ele estava de fora, cumprindo suspensão por ter levado três cartões amarelos, mas agora a história é diferente e o ‘Terçado’ está mais amolado que nunca.
Jornal - Zé, já são quantos títulos colecionados pelo Paysandu?
Zé - Lembrar assim é difícil, mas foram vários. Acho que uns sete Estaduais, Copa dos Campeões, Campeonato Brasileiro da segunda divisão e Copa Norte. Isso é muito importante para mim e, trabalhando, com certeza, a gente ainda vai conseguir muito mais.
Jornal - As comemorações de gols com danças, como o “Armeration”, estão na moda agora. Já pensou em adaptar algo regional, se fizer gol, para a partida de domingo?
Zé - Olha, a gente tem que pensar primeiro em ganhar o jogo. Os gols vêm naturalmente, eu nunca antes do jogo fiz esse negócio de comemoração. Na hora que sai o gol, vem sempre uma coisa na cabeça, mas não tem esse negócio de dancinha. O que importa é no final. Se a gente conseguir o título, vai ser importante.
Jornal - O primeiro turno foi turbulento para o teu time. Em algum momento chegastes a desanimar, achando que não daria para o time chegar à final?
Zé - Não, em nenhum momento eu cheguei a desanimar. A gente sabia da qualidade do grupo. Estava faltando ajustar algumas coisas, como ainda está. A gente nunca acha que está bom. Se quisermos ser campeão, vamos ter que ralar muito e respeitar o adversário, do início ao fim, mas com um ritmo forte, para alcançar a vitória.
Jornal - Desse primeiro turno, qual momento dentro de campo vais guardar na memória?
Zé - Os dois jogos contra o Independente vão ficar marcados. No primeiro eu entrei e consegui o pênalti do primeiro gol. No outro jogo (da semifinal), melhor do que aquilo, só sendo campeão mesmo. Foi o gol da classificação para a final, mas acho que está por vir o momento mais importante.
Jornal - Na tua história de Re-Pa, qual seria esse momento marcante?
Zé - Foram vários momentos bons. O mais recente foi eu ter feito o gol da vitória em um Re-Pa do ano passado, onde já estavam dizendo que era um tabu e a gente conseguiu fazer o gol e a vitória.
Jornal - Essa história de te chamarem de Zé Maluco, Zé Doido, te incomoda ou levas na esportiva?
Zé - Não, eu sei que o pessoal chama com carinho. Não me incomoda, são vários apelidos colocados por pessoas que gostam de mim e tem respeito por mim. E acredito que nesses anos que eu ainda tenho de carreira vão aparecer outros apelidos.
O Paysandu é maior que todos os técnicos do mundo
"Muitos técnicos já passaram pelo Paysandu Sport Club. Muitos escreveram com o fogo da glória seus nomes na história do clube. Outros apenas passaram e não deixaram nenhuma saudade. Na verdade, o Paysandu é maior que todos eles. Maior que todos os homens. Ser comandante do time bicolor deveria ser uma honra para qualquer profissional. Uma página para sempre ficar escrita em suas vidas. Pessoal e profissional. Muitos não entendem a grandeza do nosso clube. Não conhecem seu passado, não vibram com o seu presente e não sonham com um futuro promissor, vitorioso, fascinante. Não sabem sentir o anseio da nossa soberba torcida e se esquecem, em suas insensibilidades, o quanto o Paysandu é imensamente amado.
Muitos partem dizendo suas verdades, mas que não são as nossas verdades. Tantos saem tentando jogar a diretoria contra a torcida. Nunca reconhecem seus planejamentos mal elaborados. Suas visões distorcidas pelo despreparo em não saberem fazer a leitura de como se deve montar um time valente, ganhador. A maioria não escuta a voz da torcida, seus apelos, suas verdades. Já vão tarde aqueles que saem apedrejando o clube. Que cospem no prato que comeram com a voracidade de quem mata a fome.
O Paysandu segue em frente. Maior que todas as pessoas. Tão maravilhosamente grande como sua fiel e apaixonada torcida. Na selva da vida, todos nós, juntos, Diretoria, atletas e torcedores, saberemos reencontrar o caminho das vitórias. É apenas uma questão de tempo, de acreditar, de lutar pelos nossos sonhos. O Paysandu sempre será uma gigantesca e vitoriosa paixão em movimento...para tristeza e desespero daqueles que torcem contra."
(Fonte Site Oficial do Paysandu)
Observação: não seria tão perfeito minhas palavras quanto foi a do texto publicado no site oficial, realmente talvés escreveria algo similar so que com outras palavras outras concordâncias, mais é a mais pura verdade virou moda técnico sair de seus clubes e sair falando o que bem entendem, quando deveriam colocar a mão na cabeça e refletirem e fazerem o balanço de seu trabalho, nada contra os técnicos que já passaram esse ano pelo Paysandu e sim apenas uma questão de coerencia, querem achar um culpado por suas imcompetência é o fim da picada, realmente para fazer história e fazer parte eternamente da história do Paysandu tem quer gostar além do lado profissional do clube tem que ter competência e afinidade com essa marca. Espero que daqui por diante o jogo vire e que tempos de gloria comecem a nascer.
(Old Wof)